Durante missa em Brumadinho, dom Walmor pede mais responsabilidade das mineradoras e menos ganância

Simon Nascimento
26/01/2019 às 20:32.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:15
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Um alerta contra a ganância e a insegurança da atividade de mineração em Minas e um ato de solidariedade às famílias e às vítimas do rompimento das barragens da Vale no Complexo Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. Estas foram as temáticas da missa presidida na Igreja de São Sebastião, no Centro do município, pelo arcebispo metropolitano da capita, dom Walmor Oliveira Azevedo. 

O líder religioso celebrou acompanhados de bispos auxiliares, padres de cidades vizinhas, seminaristas e diáconos. Mais de 200 pessoas participaram do ato litúrgico. O líder religioso questionou a atividade de mineração em Minas e os pedidos de expansão da atividade de mineração na Serra da Piedade. “Precisamos do Judiciário, da sociedade e de organizações. Todos devem se posicionar para que não permitir que a ganância pelo dinheiro nos exponha a riscos. Esta tragédia nos exige e, principalmente dos nossos governantes, a abertura de um novo caminho, uma nova perspectiva e um novo ciclo”, criticou o arcebispo. 

Na visão de dom Walmor, as tragédias em Mariana, em 2015, e agora em Brumadinho decorrem da falta do espírito de justiça e bem-estar social. “Se Minas Gerais não mudar e continuar como está, outras tragédias como essas vão ocorrer”, acrescentou.

Dom Walmor ainda deixou uma mensagem de acalento aos familiares que aguardam angustiados aos entes desaparecidos. “Nós não podemos perder a esperança. Precisamos confiar em Deus para seguir o caminho e ajudar às vítimas soterradas e aos familiares e orando por aqueles que, de maneira trágica, perderam a vida”, frisou o arcebispo.

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