70% das agências do centro do Rio entraram em greve, diz sindicato

Folhapress
19/09/2013 às 17:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:34

RIO DE JANEIRO- A greve dos bancários no Rio de Janeiro afetou cerca de 70% das agências do centro, segundo o sindicato da categoria na cidade. Esse percentual equivale a 180 agências e 2.200 bancários de braços cruzados.

A paralisação faz parte de um movimento nacional iniciado nesta quinta-feira (19) em vários estados brasileiros.

Desde o início da manhã, representantes do sindicato percorrem as agências do centro da capital fluminense buscando adesões das agências. Em outros locais da cidade a adesão é pontual, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro, Almir Aguiar.

Fora do centro, os bancos estatais -Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal-- foram os que tiveram a maior quantidade de adesões, afirmou Aguiar. O objetivo do sindicato é que a adesão aumente nos próximos dias.

Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%- que corresponde à inflação do período mais 5% de aumento real- e melhores condições de trabalho. Bancários dizem que consideram abusivo o regime de metas adotado pelos bancos aos funcionários. Uma segunda reivindicação é aumento da segurança nos bancos. De acordo com o sindicato, foram registrados 55 casos de saidinha de banco neste ano em todo o país. Entre as vítimas, clientes, vigilantes e os próprios bancários.

O sindicato representa 18 mil bancários na cidade do Rio e é ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). Não há um sindicato estadual da categoria no Rio.
 
São Paulo
Em São Paulo, ao percorrer corredores da Capital a reportagem observou que a paralisação ainda é pontual. Na av. Faria Lima, por exemplo, apenas seis agências estavam paradas, de 26 visitadas.
Na avenida, apenas Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil aderiram à greve. Na av. Engenheiro Luis Carlos Berrini, de sete agências visitadas, duas estavam em greve, ambas da Caixa.
No centro de São Paulo a adesão foi maior: Santander, Itaú, HSBC, Bradesco fecharam suas portas, assim como os bancos públicos e até Safra e Citibank. Ao percorrer o centro, as avenidas Lins de Vasconcelos, Paulista e Domingos de Morais, a reportagem encontrou 55 agências fechadas, de 76 visitas.

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