Abastecimento de combustíveis continua irregular no interior de Minas

Jeanette Santos - Do Hoje em Dia
30/12/2012 às 07:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:10
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

  O abastecimento de combustíveis permanece irregular no interior do Estado. Na manhã de sábado (29), proprietários de postos com bandeira branca nas cidades de Piranga, na Zona da Mata, e em Coluna, na região do Rio Doce, denunciavam que as distribuidoras, mais uma vez, haviam descumprido a promessa de entrega no prazo prometido.    Em Belo Horizonte, o racionamento velado das distribuidoras, com entrega de gasolina em volume inferior ao encomendado pelos postos, parece ter dado trégua.   Nas cidades do interior onde as bombas continuavam secas, os motoristas foram obrigados a rodar para conseguir abastecimento nos municípios vizinhos. “O estoque de gasolina que tínhamos acabou há três dias e o de etanol não deve durar até a próxima segunda”, relatou Cristóvam José Silva, do Posto Cristóvam, em Piranga.    No Posto Trevo, em Coluna, na região do Rio Doce, a carga de 10 mil litros de gasolina, recebida na noite de sexta-feira após mais de uma semana de atraso, segundo Francisco Lessa, só deveria atender à demanda do final de semana.    Na capital, nos sete postos percorridos pela reportagem, os tanques, segundo os gerentes, estavam cheios após o recebimento da comple-mentação dos pedidos que haviam sido atendidos pela metade. O movimento de consumidores, que na véspera do feriadão havia sido intenso, enfraqueceu, de acordo com os gerentes.   Aumento do consumo   De acordo com dados do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), a crise no abastecimento de combustíveis no país está relacionada ao aumento do consumo. A venda de combustíveis cresceu 6,3% em relação a 2011. A venda de gasolina, que representa 33,6% do mercado, subiu 12,2%. O mês de dezembro é considerado o pico do consumo.    Acredita-se que o reajuste do derivado de petróleo, aguardado para o início do ano, deverá estimular o consumo do etanol nos próximos meses. 
  Com o aumento do consumo do álcool, o problema do abastecimento de gasolina no país deverá ser minimizado. Além do preço, que acumula defasagem de 15%, segundo a Petrobrás, o abastecimento fica comprometido no país pela falta de refinarias e saturação dos portos e rodovias, que dificultam o escoamento do combustível importado.

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