Abiquim prevê expansão após anúncio de incentivos

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, está otimista com o anúncio de incentivos do governo federal ao setor. Para ele, a série de medidas aprovadas pelo governo federal estimulará a retomada de investimentos no País, ao mesmo tempo em que ajudará a retomar a produção do setor químico.

Na lista de medidas que devem ser detalhadas hoje pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, estão a desoneração de PIS e Cofins na compra da matérias-primas, como nafta petroquímica e GLP, e a desoneração sobre investimentos. A lista ainda prevê a implantação do Regime Especial de Incentivo à Inovação na Indústria Química, chamado de REIQ Inovação, voltado à utilização de recursos renováveis como matérias-primas. "Recebemos a notícia de forma positiva, por refletir todas as necessidades essenciais da indústria química e abrir perspectivas para o crescimento da produção e do investimento", destacou Figueiredo.

Embora o tom seja de comemoração, o presidente da Abiquim adota um discurso cauteloso em relação ao prazo de implantação dessas medidas. Da mesma forma, o executivo não comenta detalhes dos pedidos apresentados pela indústria química ao governo federal, uma vez que ainda não é conhecido o teor do anúncio do governo. Desde o início do ano, ao Broadcast tem noticiado que um dos principais pleitos da classe empresarial é a redução da alíquota de PIS/Cofins de 9,25% para 0,1% no caso das matérias-primas. Na prática, porém, a alíquota praticada hoje é de 5,6%, com a manutenção de um crédito equivalente a 9,25%. A medida beneficiaria diretamente a competitividade da Braskem e deve trazer reflexos ao custo de produção de toda a cadeia do plástico e de outras cadeias que têm os derivados do petróleo como insumo.

Os empresários também pedem a desoneração do IPI e de outros impostos sobre os investimentos, entre outras propostas. Como os temas ainda estão em fase de estudo dentro do governo, tanto os representantes da classe produtiva quando do alto escalão federal evitam confirmar as características dessas solicitações.
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