Abrapp defende agilidade de órgãos reguladores

Daniela Milanese e Fernando Nakagawa
24/10/2012 às 16:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:31

Os órgãos reguladores precisam ser mais ágeis para detectar problemas no sistema financeiro, avalia o diretor presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), José de Souza Mendonça. "Infelizmente, há lentidão nos órgãos reguladores", disse ele nesta quarta-feira no 33º Congresso de Fundos de Pensão, em São Paulo.

Mendonça não soube informar qual era a exposição das entidades de previdência complementar aos bancos médios que tiveram problemas recentemente no Brasil. Mas acredita que os episódios podem ajudar o setor. "É bom para vermos qual é o grau de atenção que o tema exige."

O executivo mostrou descrença em relação ao trabalho das agências de rating como forma de alerta a possíveis dificuldades. "Não acredito em agências de rating, assim como não acredito em Papai Noel e coelhinho da Páscoa."

Mendonça avalia que as fundações não podem tomar riscos descontrolados. "Risco não é pecado, pecado é não ter controle." A questão da administração de riscos dentro dos fundos de pensão ganha relevância no novo cenário de juros baixos no Brasil. Diante da necessidade de maior retorno, as entidades tendem a partir para opções menos seguras. "Precisamos nos defender dos aventureiros que vão aparecer no mercado financeiro oferecendo novos produtos", afirmou.
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