Os acionistas do banco Cruzeiro do Sul podem perder R$ 337 milhões, com a liquidação da instituição bancária, decretada pelo Banco Central nesta sexta-feira (14). O montante equivale ao valor de mercado do banco das ações na quinta-feira, já que nesta sexta, os papéis deixaram de ser negociadas. Nesta quinta-feira (13), as ações do Cruzeiro do Sul fecharam em alta de mais de 20% sob a expectativa de que o banco seria comprado. Mas como a operação não se concretizou, os acionistas devem ter dificuldades para recber o dinheiro. Os primeiros clientes a receber o dinheiro de volta serão os que têm os depósitos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que não inclui os acionistas. Do total de depósitos à vista e a prazo do Banco Cruzeiro do Sul e do Banco Prosper, cerca de 35% e de 60%, respectivamente, contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A liquidação extrajudicial implica no fim das atividades operacionais da companhia, que deixa de existir, e não pode ser revertida. A decisão incluiu ainda o Banco Prosper e foi motivada por uma fiscalização do Banco Central que verificou irregularidades nas insituições, como ausência de liquidez (recursos disponíveis), desvio de dinheiro, descumprimento de normas ou não pagamento de obrigações.