Aeronautas (pilotos e comissário) aceitaram em assembleia, nesta quinta-feira (18), a proposta de reajuste salarial feita em audiência de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quarta-feira (17), e descartaram nova greve.
Aeroviários (agentes em terra) ainda farão assembleias pelo país nesta sexta-feira (19), e têm até 22 de fevereiro para informar o TST da sua decisão. As empresas aéreas já haviam aceitado a proposta.
O acordo sugerido pelo ministro Ives Gandra, do TST, prevê reajuste de salários e pisos parcelados (5,5% em fevereiro e 5,5% em maio), aumento retroativo a dezembro de 11% nos benefícios sociais (vale-alimentação, seguro de vida) e pagamento de abono de 10% do salário, em uma parcela.
Comissões
O ministro ainda propôs a criação de comissões paritárias para debater outros temas, como a folga mensal, e pediu a garantia, pelas empresas aéreas, de que não haja retaliação a curto, médio e longo prazo aos trabalhadores que paralisaram as atividades em 3 de fevereiro.
"Analisando o contexto do país, a discussão que aconteceu entre as partes e considerando que as empresas perderam bastante (no ano passado), a gente entende como positiva a proposta. Mas ficou aquém do esperado. De qualquer forma, temos de analisar o contexto e, dentro dele, o reajuste e as conquistas sociais foram as minimamente aceitáveis", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Adriano Castanho, após a assembleia.
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) informou que, "mesmo perante o delicado momento que a aviação brasileira atravessa por conta da crise econômica que afeta todo o País, as empresas aéreas se mantiveram abertas para discutir e reformular propostas."