Ainda há espaço para redução dos juros, afirma Mantega

Jamil Chade
21/09/2012 às 10:06.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:28

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, em Londres, que o Brasil "ainda tem espaço para redução" da taxa de juros. Falando a investidores durante a Cúpula de Mercados de Alto Crescimento, promovida pela revista The Economist, o ministro brasileiro insistiu em que o governo continuará se utilizando de políticas monetárias para promover o crescimento. "Podemos ter uma política monetária ativa. Isso faz sentido no Brasil, onde o crédito ainda é relativamente restrito", disse.

Mantega voltou a criticar a política monetária expansiva nos países ricos. "Não faz sentido (uma política monetária expansiva) em países com excesso de liquidez e baixas taxas de juros". Também avaliou como "realista" uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,2% em 2013. Avaliou que os países emergentes continuarão tendo taxas de crescimento maiores do que os países desenvolvidos, em meio ao atual cenário macroeconômico global. Afirmou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve rebaixar as projeções para a economia mundial em outubro.

Para Mantega, a guerra cambial é uma "realidade", mas o governo não permitirá uma queda de competitividade da indústria. "Queremos uma indústria forte". Entre os segmentos industriais que devem ser fortalecidos, ele citou, sem mencionar um prazo, que a produção nacional de petróleo subirá de 2 milhões de barris por dia (bpd) para entre 5 milhões e 6 milhões de bpd. Disse ainda que o País deve encerrar este ano com uma dívida líquida em proporção do PIB abaixo de 35%. Segundo Mantega, a previsão do governo brasileiro para o crescimento do comércio varejista em 2012 é de 7,5%. "Isso é satisfatório", avaliou, completando que a capacidade do consumo interno seguirá aumentando.
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