Depois de apresentar variação negativa no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do encerramento de julho (de -0,49%), o grupo Alimentação voltou ao terreno positivo e puxou a alta de 0,20% do indicador no fechamento de agosto. Da terceira para a quarta quadrissemana do último mês, Alimentação subiu de 0,03% para 0,17%, o que a Fundação Getulio Vargas (FGV) classifica como a principal contribuição para o avanço do IPC-S na leitura divulgada nesta segunda-feira, 2, com destaque para o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de -2,00% para 0,03%.
Também contribuiu para o resultado do IPC-S a variação do grupo Vestuário (de -0,21% na terceira quadrissemana de para 0,34% na quarta), puxado pela alta em roupas (de -0,58% para 0,30%, na mesma base de comparação). Mais três grupos apresentaram aceleração no IPC-S da quarta quadrissemana de agosto: Habitação (0,33% para 0,35%), Educação, Leitura e Recreação (0,51% para 0,63%) e Despesas Diversas (0,11% para 0,18%), pressionados por tarifa de eletricidade residencial (0,38% para 0,91%), passagem aérea (6,36% para 10,83%) e clínica veterinária (0,26% para 0,81%).
Das oito classes de despesa analisadas, apenas três apresentaram decréscimo nas taxas de variação: Transportes (-0,10% para -0,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,32%) e Comunicação (0,11% para 0,05%), influenciados pelos itens tarifa de táxi (1,43% para -1,21%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,75% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (0,47% para 0,22%).
Contribuições
A lista de maiores influências positivas do IPC-S é composta por refeições em bares e restaurantes (de 0,58% na terceira quadrissemana para 0,86%), leite tipo longa vida (de 4,94% para 4,17%), show musical (de 5,33% para 6,35%), plano e seguro de saúde (de 0,67% para 0,68%) e aluguel residencial (de 0,55% para 0,53%).
Entre as maiores pressões negativas estão cebola (de -31,57% para -26,93%), batata-inglesa (de -10,08% para -11,12%), tomate (de -16,06% para -9,31%), feijão carioca (de -7,50% para -9,33%) e automóvel novo (de -0,32% para -0,43%).
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