Alta do dólar eleva os preços de produtos eletroeletrônicos

Franciele Xavier - Hoje em Dia
09/08/2013 às 06:59.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:49

A alta do dólar nos últimos meses já pesa no bolso do consumidor que pensa em comprar eletroeletrônicos neste Dia dos Pais. Nas lojas do Centro de Belo Horizonte, tablets e notebooks já estão16,6% e 10% mais caros, respectivamente.

Um notebook com HD de 250 Gigabytes, tecnologia Wireless e câmera HD custava, há um mês, R$ 999. Ontem, estava sendo vendido a R$ 1.099, o que representa um reajuste de aproximadamente 10%.

O mesmo aumento de R$ 100 no preço está valendo para um tablet com tela de 7 polegadas e conexão Wi-Fi. Em julho, tinha o valor de R$ 599. Ontem, estava nas prateleiras com reajuste de 16,6% e preço de R$ 699.

O vendedor de uma das lojas da região central da capital mineira, Jackson Brito de Miranda, afirma que percebeu a diferença tanto no preço quanto no movimento de vendas. “Sou vendedor específico de produtos de informática e vi que, há uns dias, as vendas diminuíram. As pessoas até procuram, mas não compram”, afirma Miranda.

Esperado

O reajuste no preço dos eletroeletrônicos já era esperado. Como tablets, computadores, telefones celulares e outros tipos de eletrodomésticos têm boa parte dos componentes importados, o repasse da alta da moeda norte-americana para o preço ao consumidor final seria inevitável.

Para o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Lourival kiçula, o tempo que o cidadão leva para perceber o repasse pode variar, já que depende de estoques de lojas. Mas, na atual conjuntura, os consumidores já estão sentindo a diferença da variação do câmbio.

“O reajuste nos preços varia de produto para produto. Os eletrodomésticos da linha branca sofrem menos influência, já que muitos são fabricados no Brasil e têm pequena porcentagem de componentes importados. Já com televisores e portáteis acontece o contrário, mesmo manufaturados no Brasil, pois quando o dólar sobe, os componentes são cotados com a moeda do dia e o impacto é maior”, explica.

Conteúdo importado

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ailton Ricaldoni, o conteúdo importado dos equipamentos é de cerca de 30% a 35%, e o encarecimento das importações foi de cerca de 15% no primeiro semestre do ano. “O repasse ao consumidor é de, no mínimo, 10%”, afirmou.

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