O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta terça-feira, 24, em nota distribuída à imprensa, que a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)a partir do próximo ano, publicada nesta terça-feira, 24, no Diário Oficial da União (DOU), ficou acima da expectativa inicial e terá impacto nas vendas.
"Acreditamos que os aumentos estão acima de nossas expectativas iniciais e ainda não podemos fazer prognósticos detalhados dos impactos no mercado, mas é importante lembrar que um ponto porcentual adicional de IPI, no caso dos (automóveis) populares, representa o acumulado de dois meses de inflação, e certamente com impacto no volume de vendas", afirmou Moan.
A nota da Anfavea alega que, desde maio de 2012 até o dia 30 de novembro deste ano, a indústria automobilística deixou de recolher pouco mais de R$ 4,9 bilhões com a redução de IPI, mas, em compensação, gerou receita de R$ 11,6 bilhões em PIS/Cofins, IPVA, ICMS, além de viabilizar a produção de mais de 1,3 milhão de unidades adicionais e aumento de dez mil empregos.
"A arrecadação adicional de mais R$ 6,7 bilhões comprova que a redução do IPI - sobre os automóveis mais tributados do mundo - tem efeito extremamente positivo para a economia brasileira", disse Moan.
Recomposição
O governo federal definiu nesta terça nova recomposição parcial das alíquotas do IPI para automóveis e utilitários, que valerá de 1.º de janeiro a 1º de julho de 2014. Para os veículos de até 1.000 cilindradas, os chamados 1.0 litro, e para os utilitários, a recomposição será de um ponto porcentual. Já para os entre 1.000 e 2.000 cilindradas (de 1.0 litro a 2.0 litros), a recomposição será de dois pontos porcentuais na alíquota. Com isso, o impacto da alta nos preços dos veículos deve ser 1,1% a 2,2%, segundo as montadoras.
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