O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), comemorou na manhã desta quinta-feira, 16, a aprovação da Medida Provisória dos Portos (MP 595). Ao declarar o envio do texto ao Senado, Alves lembrou o embate com Vanderlei Macris (PSDB-SP), que chegou a rasgar uma cópia impressa do regimento por não concordar com a continuidade da sessão. "Pelo homem público que o deputado Vanderlei Macris é, não vai diminuir em nada reconhecer isso e compreender que aquele seu gesto foi no calor da emoção, do debate, do embate. Esta página está virada", afirmou Alves.
O presidente da Câmara disse que o povo brasileiro poderia se orgulhar, a partir de hoje, de ter assistido a um debate recorde na história da Câmara. "Nesta noite, se houve um vencedor, foi o debate, a controvérsia, a formação democrática, o espírito público, a valentia da oposição, a lealdade da base do governo, a responsabilidade de todos os parlamentares", disse. "Parabéns ao parlamento e viva o nosso País."
Principal articulador da rebelião da base aliada contra a MP 595, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passou a trabalhar a favor do governo ao fim da votação. Ele disse que a governabilidade era mais importante que qualquer divergência com o PT. "Não é que teve um embate. Teve divergência. Nós somos parte da base aliada, não somos oposição. Isso é como amigos que brigam, é normal. Temos agora de reconstruir as pontes", afirmou.
O líder do PT, José Guimarães (CE), admitiu que chegou a duvidar da aprovação da MP dos Portos. "Nunca fizemos uma sessão tão delicada como essa, ontem e hoje. Duas noites sem dormir. A Câmara fez algo que para alguns era impossível", afirmou. "Fizemos o que há de melhor. Nós produzimos um bom texto, que dá substância ao novo marco regulatório para os portos brasileiros. Vence o Brasil, o País precisava desse esforço."
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