O saldo de financiamento de veículos recuou pelo segundo ano consecutivo e ficou em R$ 228,6 bilhões em 2013, queda de 5,6% sobre 2012. A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) afirma que a redução no saldo das carteiras de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing não é resultado de um número menor de propostas aprovadas, mas de uma diminuição do valor médio dos financiamentos. O motivo apontado são as promoções de taxa zero. Segundo a associação, o cenário do crédito para financiamento de veículos foi marcado pelas incertezas da economia nacional no ano passado, quando o número de licenciamentos no País apresentou retração de 0,9%.
O dado positivo divulgado pela Anef nesta quinta-feira, 20, é da queda de 1,2 ponto porcentual na inadimplência em 2013. O índice de atrasos no pagamento acima de 90 dias na modalidade CDC foi de 5,2% em relação a 2012. "Esta é a boa notícia de 2013 e pode desenhar uma tendência para 2014, ao menos para o setor de crédito automotivo", afirma o presidente da Anef, Décio Carbonari. "A queda dos índices de inadimplência confirma o acerto na correção das políticas de crédito das instituições, o que poderá permitir ofertas compatíveis a este novo cenário."
As taxas de juros oscilaram pouco ao longo do ano passado. Em dezembro de 2013, a ponderação média das taxas cobradas pelas associadas da Anef foi de 1,27% ao mês (16,35% ao ano). Os números dos bancos de montadoras, segundo a associação, são menores que os do varejo: no mercado, as taxas médias ficaram em 1,62% ao mês (21,3% ao ano).
Em 2013, a principal forma utilizada para o pagamento dos 3,576 milhões de automóveis e comerciais leves novos foi o financiamento pelo CDC (53%). O pagamento à vista aparece em segundo lugar (37%), seguido por consórcios (8%) e leasing (2%).
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