A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que a produção de gás deve crescer entre 5% e 6% ao ano até 2019, o que deve ser suficiente para atender ao forte crescimento do consumo interno dos últimos anos. A expansão, segundo o diretor da ANP, Florival Carvalho, ocorre em um ritmo duas vezes maior que o Produto Interno Bruto (PIB), por isso o aumento da produção é necessário. O incremento virá principalmente do gás oriundo das áreas do pré-sal.
Carvalho informou que o governo trabalha com vários cenários para a fixação do bônus mínimo para o leilão do pré-sal, previsto para outubro deste ano. O mais conservador aponta para um bônus mínimo na casa de R$ 10 bilhões. "Se aumentar o bônus, diminui a partilha de óleo. Se baixar o bônus, aumenta a partilha de óleo. Tem que se chegar a um equilíbrio. O governo terá que se posicionar", afirmou Carvalho, em workshop promovido pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).
O diretor da ANP lembrou que o processo do leilão do pré-sal vem sendo comandado pelo Ministério de Minas e Energia e não pela agência. O edital deverá sair até o fim deste mês.
Pelo valor elevado do bônus de assinatura, a expectativa é de atrair grandes empresas do setor que devem se posicionar em consórcios. Espera-se que a Petrobras fique com parcela superior ao mínimo de 30%, como indicou a própria presidente da estatal, Graça Foster, recentemente.
Carvalho acredita que o leilão irá atrair empresas japonesas e chinesas que não participaram da última rodada. Ele disse ainda que há rumores de que estatais de petróleo do Oriente Médio também estariam interessadas em participar do leilão.
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