Após ano ruim, indústria projeta expansão em 2013

Bruno Porto - Do Hoje em Dia
20/12/2012 às 07:53.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:49
 (StockExpress)

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O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, projeta que em 2013 o setor industrial terá um ano “maravilhoso” para esquecer um 2012 “muito ruim”. Segundo ele, os impactos da crise internacional minaram o potencial da indústria neste ano, mas as medidas governamentais - redução das tarifas de energia, pacote de concessões, desonerações folha de pagamento e juros baixos - vão fomentar um crescimento vigoroso do setor no próximo ano.

A previsão da entidade é a de terminar 2012 com produção industrial negativa em Minas de 2,3%. O indicador saltará, segundo a entidade, para uma variação positiva de 3,8% em 2013. Neste mesmo período, o faturamento do segmento deve passar de alta de 1,5% para 4,7%.

O presidente da Fiemg observou que o cenário atual, com uma indústria fragilizada e um comércio com altas taxas de crescimento não se sustentará no longo prazo. “O que faz o PIB crescer é a agropecuária e a indústria. O governo já tomou decisões que vão propiciar um melhor ambiente econômico industrial”, disse. Enquanto a curva de produção industrial aponta para baixo, o comércio registra, no acumulado do ano, até setembro, avanço de 8,8% nas vendas.


Energia
 
A previsão dele é a de que a partir de abril de 2013 medidas como redução da energia e dos encargos salariais começarão a impactar de forma positiva a indústria. O gerente de estudos econômicos da Fiemg, Guilherme Velloso Leão, afirmou que a redução no preço das matérias-primas exportadas, sobretudo minério de ferro, e também do volume embarcado, pesou de forma significativa para um desempenho fraco. O preço do minério de ferro caiu cerca de 20% durante o ano. Em volume, as vendas externas da matéria-prima registram retração de 1,3%. Passou de 265 milhões de toneladas no ano passado para 261 milhões no ano em curso.

Conforme a Fiemg, a expectativa é de um mercado ainda pouco demandante na europa, mas com sinais de melhoria nos Estados Unidos. No caso da China, principal parceiro econômico do Estado, a projeção é de que continue sendo um grande comprador de produtos mineiros. Este ano, até outubro, as exportações para a China recuaram 18,9%, mas o país asiático ainda respondeu por 46% das vendas externas.

As incertezas na economia global acarretaram o enxugamento do saldo comercial mineiro. Até outubro, o saldo da balança mineira acumulava US$ 18 milhões e, em igual período de 2011, era de US$ 23,7 milhões, uma queda de 24%.

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