Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que o corte de 0,5 ponto é insuficiente (Rafael Neddermeyer/Fotos Publicas)
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 1,342 trilhão em 2017, um aumento real (já descontada a inflação) de 0,59% na comparação com o arrecadado em 2016. O valor foi o maior em um ano desde 2015. Além disso, essa é a primeira alta real registrada desde 2013, quando a arrecadação cresceu 4,08%.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26), pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 137,842 bilhões em dezembro, alta real de 4,93% em relação ao mesmo mês de 2016. Na comparação com novembro, houve aumento de 19,25%. O montante arrecadado foi o melhor para meses de dezembro desde 2014.
O resultado da arrecadação em 2017 veio dentro do intervalo previsto na pesquisa do >Projeções Broadcast, que recolheu estimativas de R$ 1,337 trilhão a R$ 1,373 trilhão. Com base no intervalo de 19 expectativas, a mediana ficou em R$ 1,343 trilhão.
Também o valor arrecadado em dezembro veio dentro do levantamento, que colheu 23 projeções entre R$ 132,400 bilhões a R$ 145,000 bilhões, o que gerou mediana de R$ 138,000 bilhões.
Desonerações
As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 84,424 bilhões em 2017, valor menor do que em 2016, quando somaram R$ 91,121 bilhões. Apenas no mês de dezembro, as desonerações totalizaram R$ 7,035 bilhões, também abaixo do que em dezembro de 2016 (R$ 7,604 bilhões).
Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 14,485 bilhões em 2017, ante R$ 14,530 bilhões no ano anterior. Esse valor chegou a R$ 1,207 bilhão em dezembro. O governo não conseguiu reverter essa medida no ano passado, pois não teve o apoio do Congresso para votar nem a medida provisória nem o projeto de lei que reoneravam a folha de salários.
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