Ata vê cenário expansionista para setor público

Célia Froufe, Eduardo Cucolo e Renata Veríssimo
18/10/2012 às 10:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:20

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ponderou, de acordo com a ata da reunião da semana passada - quando cortou a Selic para 7,25% ao ano, que as iniciativas recentes apontam o balanço do setor público se deslocando de uma posição de "neutralidade para expansionista".

"Por outro lado, o Comitê nota que se apresenta como importante fator de contenção da demanda agregada o frágil cenário internacional", trouxe o documento divulgado nesta quinta-feira pelo BC. De acordo com a ata, esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas. Isso, conforme o documento, tem como objetivo assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas.

O Copom avaliou também que a demanda doméstica tende a se apresentar robusta, especialmente o consumo das famílias. Na opinião do colegiado, isso deve ocorrer, em grande parte, devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito.

"Esse ambiente tende a prevalecer neste e nos próximos semestres, quando a demanda doméstica será impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas, que, de resto, são defasados e cumulativos." Para o Comitê, esses efeitos, os programas de concessão de serviços públicos e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam boas perspectivas para o investimento neste e nos próximos semestres.
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