O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, reintroduziu uma proposta no Parlamento para revogar um imposto sobre o carbono que os principais poluidores de gases do efeito estufa têm que pagar.
Em março, o Partido Trabalhista Australiano e os Verdes Australianos bloquearam o texto, que removeria a taxa de 22,15 dólares australianos (US$ 22,79) por tonelada de dióxido de carbono.
Na época, a nova legislação foi derrotada por 33 votos contra e 29 a favor. No entanto, com novos senadores assumindo em 7 de julho, a expectativa é de que o texto seja aprovado por uma pequena margem.
Abbott justificou a reintrodução ao dizer que a população negou o imposto quando elegeu seu governo, em setembro do ano passado. "O povo falou e agora depende do Parlamento mostrar que está ouvindo", afirmou.
O primeiro-ministro afirmou que o fim do imposto reduziria a conta de eletricidade às famílias em 200 dólares australianos por ano, e a de gás natural em 70 dólares australianos por ano. Os australianos de renda mais baixa, que têm recebido uma parte da receita do imposto como compensação pelos preços mais elevados, continuariam a receber o benefício mesmo após o fim do imposto.
A proposta deve ser aprovada na Câmara dos Representantes nesta semana, e então encaminhada ao Senado no próximo mês.
Abbott planeja substituir o imposto por um fundo de 2,55 bilhões de dólares australianos, pago pelos contribuintes, para incentivar o uso de energia limpa. A Austrália é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa em uma base per capita, devido à forte dependência do país nas reservas de carvão para gerar energia. Fonte: Associated Press.
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