Abril foi um mês de recuperação para a indústria mineira. Na comparação com março, na série dessazonalizada, o faturamento das empresas cresceu 5,02%.
O incremento no caixa foi puxado, principalmente, por três setores que aproveitaram o mercado interno e a alta das exportações. Veículos automotores, produtos alimentícios e produtos de metal avançaram 11,38%, 9,37% e 32,58%, respectivamente, no período. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais (Index) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), divulgada terça-feira (11).
Segundo o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, a aceleração em veículos acontece após queda expressiva em março. No caso dos produtos alimentícios, o faturamento cresceu em função do aumento das vendas e dos preços de carne bovina e do início da safra de cana-de-açúcar.
Já o extraordinário desempenho do segmento de produtos de metal deu-se graças à entrega de pedidos em abril e base de comparação fraca.
“No geral, foi um resultado realmente muito bom”, disse Fernandes, sem, no entanto, demonstrar muito otimismo. Para ele, o crescimento de 5,02% do faturamento em abril não é um ponto fora da curva, mas dificilmente irá se repetir nos meses seguintes. “A subida de juros, o gasto público elevado, a falta de investimento e a pressão inflacionária têm levado vários setores a revisarem suas projeções de crescimento”.
A indústria extrativa mineral vem perturbando o sono dos empresários. Em abril, em relação a março, o faturamento caiu 5,09%. “Um dos fatores é o impacto da China, que tenta abastecer o mercado com produtos mais baratos. O dólar mais caro também favorece o produto chinês”, afirma.
Emprego
Emprego e massa salarial também não apresentaram dados positivos. Na indústria geral, a pesquisa apontou ligeiras quedas, de 0,22% e 0,64%, respectivamente. “Consideramos que foi um empate técnico”, analisou o dirigente da Fiemg.
A maior baixa no número de vagas foi registrada pelo setor de máquinas e equipamentos (-1,43%). “A carteira de pedidos para o 2º semestre está fraca e as indústrias têm que fazer ajuste no quadro. Porém, quem fica, ganha um pouco mais com hora extra”, compara.
Nas horas trabalhadas na produção, houve aumento, de 3,57%. Já a utilização da capacidade bateu em 86,30%, um incremento de 2,41% em relação a abril de 2012.
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