Os preços dos automóveis, que caíram após as medidas do governo de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foram a principal contribuição para a inflação de junho (0,08%). No entanto, em julho, já não tiveram a mesma influência sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,43%, a maior taxa desde abril (0,64%).
O resultado de julho foi influenciado para cima principalmente pela alta dos preços dos alimentos. Soma-se a isso a queda menos intensa dos preços dos automóveis. "O efeito da redução de automóveis foi apropriado em junho. Em julho, os automóveis continuaram em queda, mas não de forma tão intensa", disse a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
A variação do grupo Transportes passou de -1,18% em junho para -0,03% em julho. A de veículos próprios passou de -2,48% para 0,00% na mesma base de comparação. E a inflação do automóvel novo foi de 0,01% no mês passado, ante deflação de 5,48% no mês anterior. No caso do automóvel usado, a taxa foi de -0,91% em julho, ante -4,12% em junho.
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