O gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que a redução da projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, de 1,5% para 0,9%, do Informe Conjuntural de setembro para o divulgado nesta segunda-feira é resultado de uma frustração com investimentos, construção e outros segmentos da economia. "Os investimentos não cresceram e frustraram", afirmou.
O economista salientou que muitos países vizinhos na América Latina vão apresentar em 2012 uma expansão da economia maior do que a brasileira. Ele comentou também que parte da produção industrial vaza para outros países em função da produtividade, que precisa ser ampliada no Brasil. "Tivemos poucos avanços na vantagem competitiva."
Ainda sobre os investimentos, o economista salientou que a queda de 4,5% prevista para este ano é a grande culpada pela frustração de 2012. "Mas esperamos reverter isso em 2013", disse. "Não tem crescimento sustentado sem investimento e o investimento deve ser o motor do crescimento", continuou, acrescentando que a indústria reagiu muito tardiamente este ano e, por isso, não houve tempo suficiente para reverter o quadro de queda.
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