Exportações brasileiras cresceram 9,1%, puxadas pela desvalorização do real ante o dólar e pela alta do preço das commodities no mercado internacional (Stock Express)
Com aumento expressivo nas importações, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,227 bilhões em julho, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O valor é 32,7% menor do que o registrado em julho do ano passado.
No mês passado, as exportações somaram US$ 22,870 bilhões, uma alta de 16,4% ante julho de 2017. Já as importações chegaram a US$ 18,643 bilhões, um salto de 42,7% na mesma comparação. No mês, houve um crescimento expressivo nas importações de bens de capital (+239,8%), principalmente por conta de plataforma para extração de petróleo, veículos de carga e máquinas para empacotar. Em julho, o governo modificou uma regra do Repetro e permitiu beneficio tributário para as empresas que nacionalizarem bens que estão hoje em subsidiárias no exterior, como, por exemplo, plataformas de petróleo.
Na quarta semana de julho (23 a 29), o saldo comercial foi de um déficit de US$ 590 milhões e, na quinta semana (30 e 31), superávit de US$ 648 milhões.
De janeiro a julho, o superávit comercial soma US$ 34,160 bilhões, saldo 19,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. O valor é o segundo maior para os sete primeiros meses da história, ficando atrás apenas do recorde registrado no ano passado, de US$ 42,496 bilhões. A previsão do governo para 2018 é que o saldo da balança comercial alcance valor acima de US$ 50 bilhões.
Pelo lado das exportações, cresceram as vendas de básicos (48,3%), enquanto caíram as vendas de semimanufaturados (-11,8%) e manufaturados (-6,2%). Cresceram também as importações de bens de consumo (20,1%), bens intermediários (22,3%), e combustíveis e lubrificantes (0,5%).
Já no acumulado do ano, houve aumento na venda de básicos (10,6%) e manufaturados (6,6%) e queda na de semimanufaturados (1,4%). Houve aumento na compra de bens de capital (83,7%), combustíveis e lubrificantes (20,8%), bens de consumo (16,9%) e bens intermediários (12,2%) no período.
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