Os bancários de Belo Horizonte e região Metropolitana decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima quinta-feira (19). Durante assembleia realizada na noite desta quinta-feira (12), na sede do sindicato, a categoria aprovou a paralisação até que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) atenda as reivindicações dos trabalhadores. Eles querem reajuste salarial de 11,93%, vale-refeição e alimentação de um salário mínimo cada, além de participação maior nos lucros, mais segurança nas agências bancárias, fim das demissões e das metas abusivas impostas pelos bancos. Outra reivindicação da categoria é a não aprovação do projeto de lei 4.330 que tramita na Câmara dos Deputados, de autoria de Sandro Mabel (PMDB-GO). O texto autoriza terceirizações em todos os setores das empresas públicas e privadas. Atualmente, apenas as atividades meio podem ser autorizadas. Nesta quinta, a categoria rejeitou proposta da Fenaban, que ofereceu ajuste de 6,1% sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.). Também propôs participação nos lucros e resultados (PLR) de 90%, mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado). Além da Grande BH, outras regiões de Minas e do país aderiram ao movimento."Todos os bancos devem participar da greve. Temos uma semana para organizar o movimento e convencer os colegas da paralisação. A expectativa é de que tudo pare", espera o presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Clotário Cardoso. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 18, na sede do sindicato, para manter a mobilização.

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