Os bancários entram nesta terça-feira (1°) no 13º dia de paralisação sem previsão de acordo entre líderes sindicais e banqueiros. Em São Paulo, a greve registrou uma adesão de cerca de 29 mil trabalhadores.
De acordo com o balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, 717 agências bancárias e 16 centros administrativos pararam nesta terça-feira. A pauta com as reivindicações da categoria foi entregue à Federal Nacional dos Bancos (Fenaban) em 30 de julho. Os trabalhadores mantêm os pedidos de reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, participação nos lucros e resultados de três salários-base mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15 e piso salarial no valor de R$ 2.860,21. Os bancários também exigem melhores condições de trabalho, como o fim das metas individuais e abusivas.
Em 05 de setembro, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de 6,1% nos salários e benefícios. O aumento foi recusado pelas lideranças sindicais.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, declarou que os bancos têm condições de atender aos pedidos da categoria. "As receitas de tarifas atingiram R$ 92,3 bilhões nos últimos 12 meses, com alta de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior", diz. "Com um lucro que aumenta a cada ano, os bancos podem atender às reivindicações da categoria."
Segundo a dirigente, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, a entidade enviou carta para Fenaban na última sexta-feira, 27, reforçando a disposição em negociar. "O silêncio dos bancos mostra o descaso com os trabalhadores e a sociedade. Qualquer prejuízo à população será responsabilidade dos banqueiros", declarou.
Em nota, a Fenaban afirmou que os líderes da paralisação não indicam os ajustes pontuais desejados, mas sempre retomam a pauta inicial apresentada, que não foi aceita pelos bancos. "Isso não é negociar", afirmou o comunicado.
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