Banco do Brasil deve instalar escritório de representação na Rússia este ano

Agência Brasil
17/02/2013 às 20:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:04
Foi instaurado processo administrativo por meio da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte.   (Divulgação)

Foi instaurado processo administrativo por meio da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte. (Divulgação)

Brasília – O Banco do Brasil deve instalar escritório de representação em Moscou, “provavelmente no terceiro trimestre”, de acordo com o vice-presidente de Negócios Internacionais do banco, Paulo Rogério Caffarelli. A autorização foi dada pelo Banco Central (BC) na última quinta-feira (14). Falta o aval da autoridade monetária russa, mas Caffarelli disse que a negociação está adiantada. Instalar um escritório de representação é fácil, segundo ele, mas já existe entendimento que “se a coisa andar bem”, futuramente será aberta uma agência.

Caffarelli revelou que o objetivo é atender a empresas brasileiras que se internacionalizam cada vez mais, e cita como exemplos a Embraer, a joalheria H. Stern, a fábrica de carrocerias Marcopolo, a Tramontina e o frigorífico JBS, dentre outros. Ele relaciona também clientes do BB que atuam na Rússia, como o Centro de Negócios Apex-Brasil e a Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo.

O executivo lembrou que as relações bilaterais Brasil-Rússia ganharam mais estatura nos últimos anos, a ponto de a corrente de comércio entre os dois países ter atingido US$ 5,9 bilhões em 2012, o que coloca o país europeu como 19º parceiro comercial brasileiro. As exportações somaram US$ 3,1 bilhões, contra importações de US$ 2,8 bilhões, com superávit de US$ 350,1 milhões para o Brasil.

De acordo com Caffarelli, o BB vai atender às empresas brasileiras na Rússia, mas está de olho também na possível clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil, aproveitando a onda de internacionalização provocada pela globalização da economia. “É uma via de mão dupla”, observou.

Da mesma forma que o BB se preparou para aumentar sua presença no mercado internacional, que começou para atender às grandes concentrações de brasileiros nos Estados Unidos e no Japão, e depois se espraiou para outros países, Caffarelli disse à Agência Brasil que existe tendência de outros bancos globais também atuarem no Brasil.

Além das aquisições do Banco Patagônia, na Argentina, e do EuroBank, nos Estados Unidos, o BB reforça sua atuação na Europa, com o escritório na Rússia, e na Ásia, com a transformação do escritório de Xangai em agência e com a abertura de uma distribuidora de títulos em Cingapura, que permite ao BB a negociação ininterrupta de papéis 24 horas por dia.

De acordo com o banco, existem ainda outros estudos em andamento visando ao crescimento nos mercados latino-americano, africano e asiático. As analises abrangem 70% da economia global, incluindo os maiores e mais representativos mercados, tanto em tamanho e crescimento quanto em rentabilidade.

A intenção, segundo Caffarelli, é fazer com que o BB se consolide como banco de referência para empresas e indivíduos brasileiros, além de sul-americanos em geral no exterior, tendo para isso que aumentar a representatividade de suas operações internacionais.

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