BC: Brasil está preparado para fim de estímulos dos EUA

Eduardo Cucolo e Célia Froufe
10/12/2013 às 12:45.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:42

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que quanto mais cedo o governo dos Estados Unidos iniciar a retirada dos estímulos monetários na economia, e quanto mais previsível for a velocidade e intensidade desse processo, menor será a volatilidade nos mercados internacionais e mais suave será a transição na economia mundial. Ele avalia que o Brasil pode enfrentar este período sem sobressaltos, por ter se preparado para isso. Destacou que o País é credor líquido externo, tem nível confortável de reservas internacionais e um sistema financeiro bem capitalizado e provisionado.

Em apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Tombini afirmou que há sinais positivos, que seriam "uma pequena luz no fim do túnel", em relação à economia global. Citou como exemplo a recuperação dos EUA, os primeiros sinais de fim da recessão na Europa e a perspectiva de acomodação do crescimento da China em patamar acima de 7% ao ano. Sobre o Japão, a avaliação do BC é que o programa de estímulo melhorou as perspectivas e que indicadores de curto prazo são positivos. Nos países emergentes, segundo ele, haverá aceleração em 2014, depois do menor dinamismo visto em 2013.

Com relação ao Brasil, Tombini afirmou que o crescimento continua a se materializar de forma gradual, apesar da contração da economia registrada na margem no terceiro trimestre. Ele destacou ainda o crescimento sustentável e mais moderado do crédito, a queda da inadimplência e a expansão do investimento, apesar da queda no último trimestre. Disse ainda que as perspectivas para o setor agrícola são boas, como mostram os números para a safra divulgados na manhã desta terça-feira, 10.

Segundo o presidente do BC, os fundamentos fazem do Brasil um dos destinos mais atrativos para os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED). E citou os leilões recentes de concessões na área de infraestrutura. "O sucesso desses leilões e as entradas vultosas de IED têm potencial de criar nova dinâmica para o investimento privado no Brasil", afirmou.
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