BC do Chipre explica regras de transações com cartões

O Banco Central do Chipre disse nesta sexta-feira que não existem limites nas transações em cartões de débito e crédito dentro do país. A instituição fez o anúncio para esclarecer as regras de controle de capital introduzidas nesta semana.

O banco disse que embora exista um limite de 5 mil euros para compras em cartões de crédito e débito no exterior, não há limites semelhantes em transações e transferências de dinheiro internas.

O Chipre impôs controles de capital nesta semana para evitar uma corrida bancária, após concordar em fazer os detentores de bônus e grandes depositantes contribuírem com resgate do sistema financeiro do país. O acordo foi necessário para garantir os 10 bilhões de euros (US$ 12,9 bilhões) em empréstimos da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O banco atualizou ainda um decreto do governo sobre a quantidade de dinheiro que uma pessoa pode levar do sul para o norte do Chipre. Enquanto cipriotas só poderão transportar 300 euros por dia, pessoas de nacionalidade estrangeira poderão levar 500 euros.

Também nesta sexta-feira o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, pediu que o país compartilhe o fardo" da resolução da crise financeira, no segundo dia de abertura dos bancos após quase duas semanas. "O acordo com o qual concordamos, após horas dramáticas que todos nós vivemos na última semana é, sem dúvida, doloroso", afirmou Anastasiades durante a convenção de um sindicato de funcionários públicos nesta sexta-feira.

"Todos terão de fazer sacrifícios na medida em que nossa situação financeira, da forma violenta como se desenvolveu, obrigará que todos nós compartilhemos o fardo" da reforma da economia, acrescentou.

Filas se formaram do lado de fora de alguns bancos pouco antes da abertura, mas a maioria delas já havia se dissipado no meio da manhã. Antes da reabertura na quinta-feira, os bancos estavam fechados desde 16 de março para evitar que as pessoas sacassem todo o dinheiro de suas contas, enquanto os políticos lutavam para fechar um acordo para salvar o setor financeiro do país. As informações são da Associated Press.
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