BCE corta previsão de PIB da zona do euro em 2013 e 2014

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse nesta quinta-feira que a autoridade monetária revisou as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro para 2013 e 2014 levemente para baixo e manteve as previsões para inflação praticamente inalteradas.

O BCE prevê agora que o PIB real anual médio terá contração de entre 0,9% e 0,1% neste ano e expansão de entre 0% e 2% em 2014, segundo o texto preparado do discurso de Draghi após o banco central anunciar sua decisão de política monetária. O banco também cortou a previsão central para o PIB em 2013, de -0,3% para -0,5%, e para 2014, de +1,2% para +1,0%.

Draghi afirmou que a previsão das projeções do PIB para 2013 reflete principalmente um efeito mais negativo de contágio do resultado do PIB real no quarto trimestre do ano passado, embora o ritmo projetado da recuperação tenha continuado amplamente inalterado. Segundo ele, o conselho de governadores continua a ver riscos de queda em torno da perspectiva econômica para zona do euro. Os riscos refletem a possibilidade de demanda doméstica e exportações mais fracas que o esperado e implementação lenta, ou insuficiente, das reformas estruturais na zona do euro. "Esses fatores tem o potencial de reduzir a melhora na confiança e adiar a recuperação."

O BCE projeta que a inflação anual na zona do euro ficará entre 1,2% e 2% em 2013 e entre 0,6% e 2,0% em 2014. A previsão anterior para era de 1,1% a 2,1% em 2013 e de 0,6% a 2,2% em 2014.

"De acordo com a estimativa preliminar da Eurostat, a inflação anual foi de 1,8% em fevereiro de 2013, ante 2,0% em janeiro. O declínio nas taxas de inflação anual reflete principalmente os componentes de energia e alimentos do índice de preços", disse Draghi. Segundo ele, olhando mais para frente, embora o ritmo mensal das taxas de inflação possa ser um pouco volátil, as pressões de preços subjacentes deverão continuar contidas, dado o ambiente de atividade econômica fraca na zona do euro. Ele destaca também que as expectativas de inflação estão bem ancoradas e em linha com as estabilidade de preços no médio prazo.

Na avaliação do conselho do BCE, os riscos para os desdobramentos dos preços continuam a ser vistos como amplamente equilibrados durante o médio prazo com riscos de alta relacionados aos aumentos mais fortes que o esperado nos preços administrados e taxas indiretas, bem como os preços do petróleo mais elevados, e riscos de queda decorrentes da atividade econômica mais fraca, diz o texto do discurso de Draghi. As informações são da Dow Jones.
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