O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, pediu uma revisão das propostas do comitê de risco sistêmico sobre a forma de avaliar o risco da dívida soberana detida pelos bancos europeus, de acordo com reportagem da revista semanal alemã Der Spiegel.
O comitê propôs que os riscos deveriam, assim como os bônus corporativos, ser limitados ou fixados com capital nos balanços das instituições, informou a publicação. Draghi retornou as propostas ao comitê para que sejam "reformuladas", segundo a revista. Um porta-voz do BCE se recusou a comentar sobre o assunto com o The Wall Street Journal.
Neste momento, a dívida soberana tem um status regulatório privilegiado, livre de risco, nos bancos e não requer alocações de capital. Críticos, incluindo o membro do conselho executivo do BCE e presidente do banco central alemão (Bundesbank), Jens Weidmann, dizem que uma reforma apenas reforçará os laços entre bancos fracos e governos endividados.
As propostas podem ter um efeito de longo alcance sobre o modo como os países em crise conseguirão financiamento no futuro. Os bancos espanhóis, por exemplo, já investiram 299 bilhões de euros (US$ 405,4 bilhões) na dívida soberana da Espanha, conforme a reportagem do Der Spiegel.
O BCE deve conduzir avaliações de ativos e testes de estresse nas instituições antes de se tornar o órgão supervisor do sistema bancário em novembro de 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.
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