Economistas consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) reduziram as previsões para a atividade econômica da zona do euro deste ano, 2014 e de 2015, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela instituição. Entre os motivos para o corte na previsão de 2013, estão dados "decepcionantes" de economias emergentes, como China e Brasil.
Os economistas esperam agora que a atividade econômica do bloco tenha contração de 0,6% em 2013, o que ficou abaixo da previsão anterior de queda de 0,4%, feita há três meses.
Os participantes da pesquisa culparam a demanda doméstica mais fraca do que a esperada no primeiro trimestre como a principal razão pela revisão. Contudo, eles também ressaltaram "os dados decepcionantes de economias emergentes cruciais, como China e Brasil, o que implica em uma redução na contribuição esperada do comércio líquido para o crescimento no curto prazo".
Em 2014, os economistas preveem que a zona do euro deve ter um crescimento de 0,9%, taxa que também ficou abaixo da previsão anterior, de alta de 1,0%. Já em 2015, o bloco deve ter expansão de 1,5%, ante avanço de 1,6% na estimativa anterior.
Além disso, a pesquisa do BCE também mostrou que os economistas revisaram para baixo as expectativas de inflação em 0,2 ponto porcentual, para 1,5% neste ano. A inflação deverá se manter em 1,5% em 2014, refletindo, principalmente, o enfraquecimento da atividade econômica e dos mercados de trabalho da zona do euro.
Os economistas aumentaram suas expectativas de desemprego na zona do euro para 12,4% em 2014, mesmo depois que o desemprego na zona do euro caiu ligeiramente em junho, pela primeira vez desde abril de 2011.
As expectativas de inflação para 2015 ficaram inalteradas em 1,8% e a inflação de longo prazo deverá chegar a 2,0%, segundo a pesquisa. Fonte: Dow Jones Newswires.
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