BDMG lança linha de crédito com prazo de até 12 anos para agricultura sustentável em Minas
BDMG Verde Agro financiará recuperação de pastagens, agricultura 4.0 e energia limpa para produtores rurais
Sede da Agropecuária Canabarro no Triângulo Mineiro (BDMG / Divulgação)
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lançou a linha de crédito BDMG Verde Agro para apoiar produtores rurais e cooperativas na implantação de práticas sustentáveis de produção. A inclusão dessas práticas tem permitido o acesso a novos mercados e ganhos financeiros e de produtividade para os produtores mineiros. O lançamento faz parte da agenda climática e da preparação do Governo de Minas Gerais para a COP30.
A proposta é financiar a recuperação de pastagens, a agricultura 4.0, a aquisição de equipamentos e outras iniciativas que agregam valor e garantem certificações. Um dos diferenciais do novo financiamento, disponível para produtores rurais e cooperativas de produção, é o prazo de pagamento de até 12 anos, incluindo até 2 anos de carência, considerado o mais longo do mercado. A condição tem taxas a partir de 1,4% ao ano + Selic.
A linha reúne uma ampla gama de projetos de investimento e de equipamentos. Entre os itens financiáveis estão tecnologias para o monitoramento climático, controle de pragas e redução de desperdícios; manejo regenerativo do solo; implantação de biofábricas; agricultura de baixo carbono com a integração lavoura-pecuária-floresta; e sistemas de geração e distribuição de energia limpa para consumo próprio, como a de biomassa.
"A transição para a agricultura sustentável e resiliente é um investimento crucial para quem projeta crescer no mercado nacional e internacional. O Verde Agro atende esse setor que busca por modernização. Com tecnologia e práticas sustentáveis é possível avançar em produtividade e se posicionar de forma estratégica diante das mudanças climáticas", afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.
O Grupo Gran Milho, que produz soja, milho, sorgo, laranja, batata, feijão e trigo em Ibiá e Araxá, no Alto Paranaíba, é um dos clientes do banco que já colhem resultados da produção sustentável. O sócio-diretor Antônio Castro afirma que o investimento em recuperação de pastagens e proteção de encostas e nascentes resultou em um volume maior de água nas fazendas e em um produto com maior valor agregado.
Os sócios da Agropecuária Canabarro, em Frutal, Uberaba, Monte Alegre de Minas e Comendador Gomes, no Triângulo Mineiro, viram a produção de soja, milho e cana de açúcar crescer 10% com o uso de defensivos biológicos e a proteção de reservas legais. Segundo o sócio Mauri Alves, o plano da empresa, com mais de 40 anos de mercado, é crescer a partir do ganho de produtividade e não do aumento da área plantada.
O BDMG já conta com outras linhas para financiar iniciativas sustentáveis no agro, como o Renovagro no Plano Safra. Agora, além de expandir os itens financiáveis, a instituição cria um novo produto mais flexível.
*Com informações da Agência Minas