Belo Horizonte é celeiro da 4ª geração eletrônica

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
20/08/2012 às 10:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:35
 (André Brant)

(André Brant)

A quarta geração da tecnologia eletrônica está entrando no Brasil por Belo Horizonte. Funciona na capital mineira a única linha piloto de produção de eletrônica impressa e orgânica (tecnologia que conjuga materiais orgânicos e técnicas de impressão para produção de eletrônica de menor custo) da América Latina. A linha foi montada pela Csem Brasil, empresa privada e sem fins lucrativos.

Localizada na Cidade da Ciência e do Conhecimento, no Horto, a empresa também abriga uma das melhores e mais desenvolvidas linhas de prototipagem avançada na área de sistemas eletrônicos para ambientes hostis.

A Csem Brasil é resultado de uma parceria do governo do Estado de Minas Gerais com a Csem Suíça. Para sair do papel, foram investidos R$ 20 milhões nos projetos, R$ 13 milhões em sistemas hostis e R$ 7 milhões em eletrônica orgânica e impressa. Os recursos não são reembolsáveis e vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Tecnologia de ponta

A eletrônica impressa e orgânica deve ditar os rumos da tecnologia no futuro. Esse tipo de tecnologia é utilizada como base para fabricação de dispositivos eletrônicos leves, flexíveis e baratos, impressos em papel ou plástico, que podem ser usados como displays interativos, em decoração pública e até mesmo como painéis fotovoltaicos.

Conforme explica o diretor-presidente da Csem Brasil, Tiago Maranhão Alves, a eletrônica tradicional é basicamente construída a partir de um bloco de silício, que é rígido. Esse tipo de tecnologia, que é de extrema relevância para o Brasil, no entanto, é uma área que já está dominada.

“Se pensarmos em um cenário de 10 ou 20 anos, temos que pensar em eletrônica orgânica e impressa”, afirma. Ele explica que o objetivo da Csem é colocar as empresas do Estado na linha de frente da tecnologia. “Queremos dominar esse tipo de produto e, depois, apresentar às indústrias do Estado para que seja desenvolvido um aspecto mercadológico”, diz Tiago.

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