O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, afirmou na noite desta quinta-feira que acredita em solução para os problemas que levaram cerca de 100 pessoas, entre ribeirinhos e indígenas Juruna, Xypaia, Kuruaia e Canela, a ocupar o canteiro de obras de Pimental, um dos quatro da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, nesta madrugada.
"A gente sempre confia que os problemas serão devidamente resolvidos. Os problemas lá têm sido resolvidos. Vamos esperar que sejam equacionados e que o projeto possa seguir adiante", afirmou Coutinho, após assinar convênio de cooperação para o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono entre os governos do Acre e do Rio de Janeiro, na sede do banco.
Em novembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 22,5 bilhões para a construção de Belo Monte, o maior empréstimo da história do banco. Em 28 de dezembro, a Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da hidrelétrica, informou que sacou R$ 5,2 bilhões do empréstimo. Parte do valor refere-se à quitação de R$ 2,9 bilhões de dois empréstimos-ponte concedidos antes da aprovação final do projeto em novembro - o que é comum em operações do tipo.
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