A oferta de crédito proporcionada pelo programa PSI/Finame do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sustenta o ritmo de recuperação do mercado de carrocerias e reboques de caminhão, informa a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Segundo a Anfir, as linhas de financiamento permitiram que o mercado se programasse e aumentasse o comércio de implementos rodoviários em 2013.
As vendas no mercado interno cresceram 42,72% em setembro na comparação com igual mês do ano passado e no acumulado do ano a alta chegou a 10,05% sobre os nove primeiros meses de 2012. O PSI/Finame começou com taxa de juros de 3% ao ano até o final do primeiro semestre e passou para 4% ao ano a partir de então, até o final de 2013.
"A decisão de fixar duas taxas no PSI/Finame, uma para cada semestre, permitiu que o mercado se programasse e como resultado estamos com desempenho positivo recuperando as perdas de 2012", afirmou o presidente da Anfir, Alcides Braga, em nota antecipada ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. Braga espera que 2013 feche com crescimento acima de 10%. Mesmo assim, abaixo do patamar verificado em 2011, quando a indústria vendeu 190.825 implementos rodoviários. Em 2012 foram emplacadas, ao todo, 160.414 unidades.
Para 2014 a Anfir defende a fixação antecipada das taxas do PSI/Finame para manter um ambiente de previsibilidade para o segmento. "É fundamental para o mercado poder planejar seus investimentos para o próximo ano e para isso é importante a fixação das regras de financiamento ainda em 2013", disse.
Destaques
O segmento de implementos pesados (reboques e semirreboques) cresceu 79,36% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, para um total de 6.005 unidades comercializadas. O segmento leve (carrocerias sobre chassis) teve 9.043 vendas em setembro, uma alta de 25,67% em comparação ao mesmo mês de 2012.
A Anfir explica que o desempenho inferior do segmento leve se deve aos resultados ruins da produção industrial de bens de consumo semiduráveis, como calçados e roupas, e não duráveis (alimentos), que caiu 0,3% em agosto ante julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A distribuição desses produtos é feita em sua maioria por caminhões equipados com implementos rodoviários do segmento leve.
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