O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) disse que a economia do Reino Unido vai crescer bem mais rápido este ano do que previa anteriormente, mas que as taxas de juros vão permanecer baixas por mais algum tempo.
Em seu relatório trimestral de inflação, o banco central inglês preferiu não atrelar a alta da taxa básica de juros ao comportamento do desemprego e afirmou que os membros de seu comitê de política monetária vão acompanhar o mercado de trabalho de forma mais ampla, observando o número de horas trabalhadas pelos britânicos e outros sinais para avaliar se há necessidade de apertar a política monetária.
No documento, o BoE manteve sua diretriz de taxa de desemprego em 7% e estimou que esse nível provavelmente foi atingido em janeiro. Nos três meses até novembro, a taxa de desemprego do Reino Unido foi de 7,1%. O uso de diretrizes é um pilar da política do presidente do BoE, Mark Carney. Segundo Carney, a política de diretrizes está funcionando e encorajando as empresas do Reino Unido a fazer contratações e ampliar investimentos.
O BoE elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido este ano a 3,4%, ante os 2,8% previstos em novembro. O BC inglês, porém, afirmou também que a economia não está produzindo tantos bens e serviços quanto poderia e que a inflação continua contida, o que lhe permite manter a atual política de estímulos. O comitê de política monetária do BoE "considera que ainda há espaço para absorver mais capacidade ociosa antes de elevar a taxa", disse o BoE, referindo-se à taxa básica de juros.
O BoE disse ainda que é improvável que as taxas de juros no Reino Unido subam para mais de 2% ou 3% por muitos anos, um nível bem abaixo da média de 5% vista antes da crise financeira levar o país à recessão em 2008. Fonte: Dow Jones Newswires.
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