Bolsa de São Paulo cai mais de 2% e dólar fecha estável a mais de R$ 2

Folhapress
14/06/2013 às 18:18.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:08

SÃO PAULO - O principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou esta sexta-feira (14) em queda de 2,15%, aos 49.329 pontos. O índice foi pressionado pela desvalorização das ações do setor de petróleo, que possuem forte peso no mercado acionário nacional. O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou estável a R$ 2,1395, sem intervenções do Banco Central para conter o preço da moeda americana. O dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,7%, para R$ 2,1480.

Os papéis mais negociados da Petrobras (PETR4), que representam mais de 8% do índice, caíram 3,93%, para R$ 18,06, após notícia de que a estatal está impedida de importar, exportar e até participar das rodadas do pré-sal. Os papéis ordinários (com direito a voto) da companhia tiveram perda de 4,72%, para R$ 16,53.
 
No dia 7 de junho, a Procuradoria da Fazenda Nacional cancelou a certidão de débitos da Petrobras. A medida foi causada por uma dívida de R$ 7,3 bilhões em valores atualizados junto à Receita. Ontem, a empresa apresentou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) um pedido de suspensão da decisão do governo federal, por meio de medida cautelar. O tribunal não aceitou o pedido. "Esta é uma notícia negativa para a Petrobras, devido aos potenciais constrangimentos operacionais que pode trazer para as atividades diárias", afirmam os analistas Oswaldo Telles e Frederico Lebre, em nota.

Para eles, no entanto, a empresa deve ter formas de aliviar os impactos sobre as operações de exportação e importação no curto prazo usando empresas controladas no exterior. "Dado o fato de que a Petrobras é a única empresa com a responsabilidade de abastecer o mercado local, na íntegra, com as importações, se necessário, não ficaríamos surpresos de ver o Governo Federal ajudar a resolver este problema para a Petrobras", completaram os analistas.

Os investidores também avaliam hoje o resultado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma espécie de sinalizador do PIB, que iniciou o segundo trimestre com avanço de 0,84% em abril ante março --em linha com o esperado. Já o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) registrou elevação de 0,63% em junho, após deflação de 0,09% em maio.

Nos EUA, os índices de ações recuam depois que a produção industrial no país ficou inalterada em maio, frente estimativas de leve aumento, e a confiança do consumidor americano recuou neste mês após alcançar o maior nível em quase seis anos em maio.

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