Brasil tem que formar um milhão de técnicos até 2015

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
21/09/2012 às 07:04.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:28
 (Divulgação)

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Até 2015, o país terá que formar 1,1 milhão de técnicos e profissionais qualificados em 177 áreas diferentes para atender às vagas que irão surgir. Desse total, 119 mil postos estarão em Minas Gerais. Os números revelam uma oportunidade para quem quer entrar no mercado de trabalho. Um técnico com experiência pode ganhar R$ 7 mil.

Também até 2015, outros 6,1 milhões de técnicos e profissionais que já estão no mercado de trabalho terão que atualizar os conhecimentos para manter a indústria competitiva. Em Minas, a demanda para os próximos três anos é de 777,5 mil profissionais capacitados, o equivalente a 10,9% de todo o país.

As informações constam do Mapa do Trabalho Industrial 2012, pesquisa desenvolvida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional.

Eletrônica

Em Minas Gerais, entre os profissionais com demanda mais intensa estão técnicos em eletrônica, eletricidade e eletrotécnica, técnicos em segurança do trabalho, trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), padeiros, confeiteiros, operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e mecânicos de manutenção de veículos automotores.

Conforme o Gerente de educação profissional do Senai Minas, Edmar Fernando de Alcântara, grande parte do déficit é resultado da supervalorização do diploma de nível superior. Contudo, a necessidade de técnicos e profissionais operacionais é superior à de pessoas com formação superior.

Como exemplo, ele cita uma obra. Em média, para cada engenheiro são necessários cinco técnicos e 50 funcionários operacionais de diversas áreas, como pedreiro, especialista em acabamento, eletricista, entre outros.

Baixa participação

“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirma o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi.

Na padaria Vianney, no bairro Funcionários, por exemplo, há dificuldade para preencher a vaga de padeiro, com salário de R$ 1.600. Segundo a gerente de RH Kátia Cordeiro, encontrar profissional qualificado está cada vez mais difícil. “Procuramos um profissional qualificado, com experiência e que tenha trato com o público, mas é difícil achar”, lamenta.

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