A confiança do brasileiro na economia do País está melhor no mês de outubro. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta quarta-feira, cresceu 2,8% no mês, em relação a setembro, atingindo 116,4 pontos. Segundo a Confederação, este é o maior valor desde janeiro de 2011. Na comparação com outubro do ano passado, o Inec deste mês cresceu 3,1%. "Os brasileiros acreditam na recuperação da economia. Por isso, esperam que os preços e o desemprego não aumentem nos próximos meses", avaliou o economista da CNI Marcelo Azevedo.
O Inec é formado por seis tópicos e a maioria deles confirma o aumento do otimismo do brasileiro em relação ao desemprego, ao endividamento e à inflação. O índice de expectativa do desemprego cresceu 9,1% em outubro em relação a setembro e atingiu o maior valor desde março de 2011 (136,1 pontos). Pela metodologia da pesquisa, aumento do indicador reflete melhora no item avaliado, ou seja, o brasileiro está mais confiante de que o desemprego no País não vai aumentar.
Quanto ao endividamento, o índice cresceu 7,4% em outubro na comparação com setembro. "Isso reflete tanto uma queda do porcentual de entrevistados que afirmou ter aumentado seu endividamento na comparação com os últimos três meses quanto um aumento da percepção de queda no endividamento", destaca o estudo.
O levantamento mostra ainda que a população brasileira também está mais otimista com a evolução dos preços. "O indicador de expectativa de evolução da inflação interrompeu uma sequência de quatro meses consecutivos de piora ao crescer 5,5% na comparação com setembro", diz a pesquisa. O componente de expectativa da inflação está 12,1% acima do apurado em outubro de 2011, o que mostra um otimismo muito superior ao verificado no ano passado, ressalta a CNI. O Inec deste mês foi realizado com base em mais de 2 mil entrevistas feitas de 18 a 22 de outubro em todo o País.
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