Brasileiros são maiores compradores nos EUA

O brasileiro é o número um quando os estrangeiros que adquirem imóveis nos Estados Unidos são o assunto. Em 2012, a parcela endinheirada da população brasileira comprou na terra do Tio Sam o equivalente a US$ 1,3 bilhão em imóveis, crescimento de 12% sobre 2011. Paraíso das compras, de clima ameno, Miami segue imbatível como o destino preferido, seguida por Orlando, também na Flórida, e pela cosmopolita Nova York.   Segundo especialistas do setor imobiliário, o número de casas e apartamentos adquiridos por brasileiros já representa cerca de 40% das unidades vendidas em grande parte dos lançamentos residenciais em Miami.   O mineiro Cristiano Piquet saiu de Belo Horizonte rumo à Flórida em 2000. Na época, era piloto e corria a Fórmula-Dodge. Um ano depois aconteceu o atentado às Torres Gêmeas, o pânico se instalou e ele perdeu o patrocínio. Mas virou campeão em outra área. Entrou no ramo imobiliário e se transformou em um fenômeno. Cristiano é dono da Piquet Realty, a maior vendedora de imóveis para brasileiros nos Estados Unidos.   A empresa conta com um time de 100 funcionários, metade deles fluentes em português. Estima-se que, desde 2008, já tenha faturado mais de R$ 1 bilhão com venda de apartamentos em Miami, Orlando e Nova York para a brasileirada. Em 2013, sua empresa ganhou o prêmio máximo da Associação da Câmara de Comércio Imobiliário da Flórida dedicado às empresas com negócios internacionais. Para 2014, Cristiano prepara o lançamento de franquias da imobiliária no Brasil.   “Com preços atrativos, muitos brasileiros das classes A e B estão vendendo casas de praia no Brasil para comprar no exterior. Recentemente, tamanha a vantagem do negócio, vendemos seis unidades do empreendimento Trump SoHo a brasileiros por telefone, sem que tivessem visto o local”, diz. Cada apartamento custou, em média, US$ 2 milhões.    A atual novidade na carteira é o Marina Palms, condomínio de alto luxo de frente para o mar e com direito a mimos como estacionamento para iates e piscina com borda infinita. O valor do metro quadrado gira em torno de R$ 9 mil. “É mais barato do que no Belvedere ou Lourdes, por exemplo”, afirma. Os mineiros, garante ele, são clientes cativos. “Sempre pedem duas coisas: prédios novos e com vista privilegiada”, resume.