Depois de suspender os pagamentos a fornecedores e autorizar uma ação no Supremo Tribunal Federal que pede a derrubada de toda a lei dos royalties do petróleo, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), usou o horário gratuito do PMDB na TV para anunciar que irá "até o fim" na defesa dos recursos do Estado. Em inserção de 30 segundos exibida na noite deste sábado, o governador disse que "o que é do Rio tem que continuar do Rio".
Com a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto da presidente Dilma Rousseff ao trecho da lei que tratava da distribuição dos royalties, o Estado e municípios fluminenses perderão R$ 75 bilhões até 2020. "É justamente no momento em que o Rio se fortalece que querem tirar do nosso Estado um direito que é de todos nós: os royalties do petróleo. Eu quero dizer a você que vamos lutar até o fim", disse Cabral no espaço do PMDB nacional, cedido ao partido no Rio.
O prefeito Eduardo Paes e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato à sucessão de Cabral, também defenderam os royalties do Rio em inserções do PMDB. "Já fui prefeito, hoje sou vice-governador. Sei como os recursos dos royalties são importantes para o nosso povo. Vamos lutar pelo que é nosso. O que é do Rio tem que ser respeitado", disse Pezão na TV.
A derrubada do veto da presidente Dilma acontece em um momento de extrema tensão entre o PMDB e o PT do Rio por causa da sucessão de Cabral. O PMDB fluminense exige que o senador petista Lindbergh Farias desista da pré-candidatura ao governo e apoie Pezão. Se isso não acontecer, os peemedebistas do Rio ameaçam retirar o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Cabral e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) se queixaram de Lindbergh ao ex-presidente Lula. Os peemedebistas contam com Lula para convencer o senador a desistir mais uma vez da disputa, como fez em 2010.
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