O Banco Central (BC) avalia que alguns indicadores alternativos para medir o desemprego no País, que incorporam grupos de trabalhadores excluídos da força de trabalho no indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam a oferta potencial de mão de obra, ou seja, restrições menos acentuadas do que as sinalizadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O resultado consta do Boletim Regional publicado na tarde desta segunda-feira.
O indicador do IBGE, classificado como padrão, indica tendência de redução da ociosidade da mão de obra, segundo o BC. A metodologia, no entanto, desconsidera desempregados aqueles que gostariam de trabalhar e não procuraram emprego nas quatro semanas anteriores à data da pesquisa. Também inclui no contingente de empregados a parcela de trabalhadores subempregada.
O BC calculou três indicadores alternativos. O primeiro acrescenta os desalentados. O segundo soma a esses últimos o restante da população marginalmente ligada à População Economicamente Ativa (PEA). Por fim, a instituição utiliza ainda indicador que acrescenta os trabalhadores com jornada parcial.
A instituição conclui que, embora os quatro indicadores registrem trajetória semelhante, é possível verificar que há impacto residual do desalento sobre a taxa de desemprego, com a diferença média entre as taxas associadas aos indicadores passando de 0,2 ponto porcentual, em 2003, para 0,03 ponto porcentual no período de 12 meses encerrado em maio deste ano. Em relação às duas últimas metodologias, a mudança é mais relevante.
Quando se considera a incorporação também do restante da população marginalmente ligada à PEA, a diferença sobre o indicador padrão cai de 3,9 pontos porcentuais, em média, em 2003 para 2,6 pontos porcentuais em 2013. Ao somar os trabalhadores com jornada parcial, a diferença para a PME passa de 8,1 pontos porcentuais para 4,4 pontos porcentuais na mesma comparação.
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