Após as estilingadas vistas na semana passada, as projeções no Relatório de Mercado Focus para o comportamento do câmbio deste e do próximo ano passaram apenas por alguns ajustes.
Para 2015, segundo o documento atualizado na manhã desta segunda-feira, 24, pelo Banco Central, a mediana das estimativas para o dólar subiu de R$ 3,48 para R$ 3,50. Há quatro semanas, o ponto central da pesquisa estava em R$ 3,25. Apesar disso, a cotação média ao longo do ano ficou inalterada na pesquisa Focus, em R$ 3,23. Quatro semanas atrás, estava em R$ 3,10.
Para o próximo ano, a mediana para o câmbio ao final do período, que também tinha subido de forma significativa na semana anterior, passando de R$ 3,50 para R$ 3,60, permaneceu agora neste patamar. Há quatro edições do Focus a taxa era de R$ 3,40. No caso da cotação média de 2016, a mudança foi de R$ 3,53 para R$ 3,55 ante uma cotação de R$ 3,30.
Após uma forte valorização da moeda americana e da avaliação do diretor de Política Monetária, Aldo Mendes, de que a cotação do dólar estava muito acima do que apontavam os fundamentos brasileiros, o BC decidiu fazer uma intervenção maior no mercado, com a volta da rolagem integral dos contratos de swap cambial.
Preços administrados
Ajudando as previsões para o IPCA deste ano a caírem após um longo período de elevação, as estimativas para os preços administrados ou monitorados pelo governo deste ano deixaram a tendência de alta e passaram a cair.
As projeções para 2015 no Relatório de Mercado Focus revelam que a mediana passou de 15,20% da semana passada para 15,15% agora. Um mês atrás, a pesquisa apontava taxa de 15,10% para esse conjunto de itens. Para 2016, a expectativa no boletim Focus apresentada hoje ficou inalterada em 5,92%, mesmo nível de um mês atrás.
Essas projeções são mais pessimistas que as do Banco Central. Segundo a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na quinta-feira da semana retrasada, o BC estima uma variação de 14,8% em 2015 ante 12,7% da reunião do Copom de junho. Para 2016, as previsões da autoridade monetária passaram de 5,3% para 5,7% no mesmo período.
A piora da expectativa do BC considerou em suas análises a hipótese de variação de 9,2% do preço da gasolina e de 4,6% no de gás de botijão. No caso das tarifas de telefonia fixa, o colegiado prevê uma retração de 3%, mas uma alta de 50,9% no da energia elétrica.
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