Centro de Inovação e Tecnologia de BH vai receber três gigantes

Bruno Porto - Hoje em Dia
03/07/2014 às 08:34.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:14
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Levantamento da Havard Business Review apontou que a inovação é responsável por 38% das receitas e 61% do lucro das empresas no mundo. Diante desse argumento, não é difícil entender o motivo de Vale, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e Votorantim Metais estarem de malas prontas para o Centro de Inovação e Tecnologia Senai/Fiemg, no Horto, conforme revelou nessa quarta-feira (02) o diretor-executivo do parque, José Policarpo Gonçalves de Abreu. Há, ainda, negociações com uma multinacional, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, que manteve o nome da empresa em sigilo.   A fabricante portuguesa de semicondutores Nanium, que chegou a abrir filial em Belo Horizonte, a Nanium Holding, também estaria de olho em áreas dentro do Centro de Inovação e Tecnologia. O negócio da empresa estaria atrelado ao plano do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) de implantar, no Centro de Inovação e Tecnologia, um núcleo de pesquisa em semicondutores. Representantes do ministério já visitaram o local.   As três empresas instaladas no Centro de Inovação e Tecnologia – CSEM, Biominas e Embraer – também já solicitaram à administração do parque áreas para expansão, e todas foram atendidas. No caso da fabricante de aeronaves, o quadro atual de funcionários vai saltar de 120 engenheiros empregados para 220 em 2015. A Biominas vai dobrar sua capacidade de incubação, com aporte de R$ 10 milhões, e a CSEM Brasil, que desenvolve uma película fotovoltaica orgânica, está em processo de aquisição de novos equipamentos.   “O esforço é para sair da economia básica, de commodities, para a nova economia”, disse o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Mário Neto Borges. Segundo ele, esse movimento está em curso, com Minas Gerais recebendo anualmente 1.300 doutores de outras regiões do país e do mundo, mas que são necessários mais investimentos, tanto públicos como privados.   Ele apresentou dados do MCTI que revelam que o Brasil investe por ano em Ciência, Tecnologia e Inovação o equivalente a 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 0,54 ponto percentual oriundo da iniciativa privada, e 0,59 ponto percentual, do poder público. Na Coreia do Sul, onde são aportados 4% das riquezas do país nesse segmento, três pontos percentuais saem da indústria, e um ponto percentual, da empresas e instituições privadas.   “Esse Centro é o que muitas vezes a gente fala e parece que fica só no discurso. Temos que sair da reclamação e do choro de dizer que não investimos por causa dos altos impostos e começar a fazer. Aqui, estamos fazendo”, afirmou o presidente da Fiemg, Olavo Machado. 

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