Apenas operadores com mais de 10 anos de experiência em trens de alta velocidade poderão participar do leilão da primeira etapa do trem-bala brasileiro, que definirá a tecnologia do projeto. Além disso, operadores que tenham sido responsabilizados por acidentes fatais nos últimos 10 anos não serão aceitos. Essas regras excluem a China como operadora do Trem de Alta Velocidade (TAV), já que o país asiático só iniciou a operação de trens desse tipo em 2008 e registrou, em 2011, um acidente com mortes. A Alemanha também teve um acidente com mortes em 1998, mas antes do prazo estabelecido na minuta do edital.
Não haverá, porém, restrições à tecnologia a ser utilizada no TAV. Segundo o superintendente-executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, sete países possuem essa tecnologia atualmente: China, Coreia, Japão, Espanha, Alemanha, Itália e França.
Por causa dessas limitações há a possibilidade de que os consórcios formados para a disputa do leilão possam integrar empresas de vários países. "Um operador alemão, por exemplo, pode comprar um trem chinês que tenha sido homologado", explicou. "Não importa onde o trem foi fabricado. Se for homologado em operação comercial, não importa a origem."
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