Estabelecimentos relatam prejuízos, também agravados pela inflação
Happy hour para poucos: na última sexta-feira, movimento era pequeno de clientes “capital dos bares” (Fernando Michel)
Bares e restaurantes de Minas amargam a redução de mais da metade da clientela. Diante do “sumiço” dos fregueses, os estabelecimentos relatam prejuízos, também agravados pela inflação. As informações constam em pesquisa divulgada pela associação que representa o setor, a Abrasel. A expectativa é que o movimento melhore no próximo mês, devido ao Dia das Mães.
O levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes foi feito entre 25 de março e 1° de abril. Conforme a Abrasel, o número de empresas no vermelho aumentou, chegando a 32%. Os proprietários reclamam de queda nas vendas e custo de alimentos e bebidas.
Para a Abrasel, a inflação é um dos principais desafios. A associação diz que 34% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços e outros 57% realizaram reajustes conforme ou abaixo a taxa dos últimos 12 meses.
O número de empresas endividadas ainda é alto. Praticamente quatro a cada dez não conseguiram quitar dívidas. As principais são impostos federais e estaduais, empréstimos bancários, encargos trabalhistas e aluguel.
Para a presidente da Abrasel Minas Gerais, Karla Rocha, é necessária ajuda do governo. Segundo ela, a situação das “empresas de alimentação fora do lar” continua desafiadora. No entanto, ela mantém o otimismo.
“Espera-se melhoria no próximo mês com o Dia das Mães, tradicionalmente trazendo aumento no movimento dos estabelecimentos gastronômicos, o que é crucial para a recuperação econômica do setor. Vamos continuar trabalhando para apoiar e fortalecer as empresas em Minas Gerais”.
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