CMN aprova renegociação para produtores rurais afetados pela seca no Sul

Wellton Máximo - Agência Brasil
05/09/2012 às 20:37.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:03
 (Arquivo/AE)

(Arquivo/AE)

    BRASÍLIA – Os produtores que tiveram prejuízos por causa da estiagem na Região Sul poderão renegociar as dívidas do crédito rural. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o parcelamento em até dez vezes dos débitos dos financiamentos de custeio para a safra 2011/2012.   A primeira parcela só vencerá um ano depois da assinatura da renegociação. De acordo com o Ministério da Fazenda, débitos parcelados em janeiro, quando os agricultores da região foram beneficiados por medidas de socorro, poderão ser renegociados novamente.   O CMN também autorizou a renegociação da linha especial de crédito para os produtores de laranja. As parcelas que seriam pagas em dezembro de 2012, janeiro e fevereiro de 2013 tiveram o vencimento adiado em um ano. A laranja foi incluída entre os produtos abrangidos pela política de garantia de preços mínimos do Ministério da Agricultura. Segundo a equipe econômica, o setor está sendo afetado por uma crise que derrubou os preços.   O Conselho Monetário aprovou ainda ajuda aos criadores de aves, que poderão renegociar os financiamentos oficiais de custeio e investimento. A medida vale para avicultores individuais e cooperativas que não atuam em regime de parceria.   As parcelas que vencem até 14 de fevereiro de 2013 só começarão a ser pagas em 15 de fevereiro do próximo ano. A prorrogação também abrange as parcelas que venceram desde 1º de janeiro, mas só beneficiará o criador que estava em dia com o financiamento até 31 de dezembro do ano passado.   Quem comprovar incapacidade de pagamento por causa de dificuldades de comercialização das aves terá o saldo devedor da operação dividido em até cinco anos, com vencimento da primeira parcela fixado para até um ano após a assinatura da renegociação.   De acordo com o Ministério da Fazenda, os avicultores enfrentam aumentos nos custos de produção, o que tem reduzido as margens de lucro e comprometido a capacidade de pagamento do crédito rural.

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