Brasília – Mais rapidez nas mudanças que estimulam a competitividade das empresas no Brasil foi defendida nesta quinta-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no encerramento do 7º Encontro Nacional da Indústria. Em carta divulgada ao final do evento, a entidade também pediu educação de qualidade para formar mão de obra qualificada e a flexibilização das relações trabalhistas. A CNI fez ainda um balanço do desempenho da indústria em 2012, que classificou como “decepcionante”. O setor estima encerrar 2012 com queda de 0,6% na produção industrial, dado divulgado no início desta semana.
Segundo José Augusto Coelho Fernandes, diretor de Políticas e Estratégia da entidade, a ordem agora é se concentrar em 2013. Para ele, as medidas de estímulo lançadas pelo governo, tais como a diminuição das tarifas de energia e a queda dos juros, não são suficientes para assegurar melhora do desempenho no ano que vem. “Esperamos que haja recuperação que possamos crescer mais em 2013 e que haja uma aceleração nas medidas que têm impacto na competitividade da indústria”, disse. “Gostaríamos muito de ver um esforço concentrado na reforma do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços]”, citou, como exemplo de medida que o setor julga necessária.
Perguntado sobre os anúncios feitos na quarta pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 5,5% para 5% e diminuição dos juros das linhas de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), Fernandes disse que são medidas “relevantes”, mas insistiu na necessidade de acelerar as políticas pró-competitividade e de fazer a reforma tributária. O encontro teve a presença de autoridades como a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp.