Codesp discute escoamento de safra em Santos

Beatriz Bulla
13/03/2013 às 13:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:51

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela administração do Porto de Santos, se reúne nesta quarta-feira com representantes dos terminais portuários para tratar das condições de escoamento da safra de grãos deste ano, que vem gerando longas filas de caminhões e congestionamento em rodovias que ligam a capital paulista ao litoral.

Na última sexta-feira (08), a Codesp se reuniu com terminais de granéis da margem esquerda do porto (Guarujá). O encontro desta quarta-feira é com os terminais de granéis sólidos da margem direita (Santos). Ambas as margens possuem terminais que fazem o escoamento de safras de soja, soja em grão, milho e açúcar.

A Ecovias, que administra o Sistema Anchieta Imigrantes, registrou pela manhã 12 quilômetros de congestionamento nas rodovias Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Domenico Rangoni por causa dos caminhões que tentam acessar os terminais portuários. A lentidão ia do km 274 ao km 270 da Padre Manoel da Nóbrega. Na Cônego Domenico Rangoni, o congestionamento ia do km 270 ao km 262. Além disso, havia 20 quilômetros de congestionamento na Anchieta - 10 km no sentido capital e 10 km no sentido litoral -, também como reflexo do movimento dos caminhões.

"O tráfego está completamente congestionado em todas as rodovias na região de Cubatão", informava a Ecovias aos motoristas pelo twitter. "A rodovia tem sido muito prejudicada pela dificuldade de entrada no Porto de Santos. As filas invadem a rodovia", postou também na internet a responsável pelo SAI.

A Codesp não informou a situação do porto nesta manhã, mas a assessoria reconheceu que a safra de grãos deste ano é muito grande e "às vezes são enviadas ao porto quantidades superiores à capacidade dos terminais".

Na semana passada, a Codesp atribuiu o congestionamento ao aumento de caminhões de grãos sólidos - soja e milho principalmente - da safra 2012/2013. "Problemas técnicos" em terminal localizado na margem esquerda do porto teriam causado protesto dos caminhoneiros contra a demora nas operações, no início do mês. Por conta dessas manifestações, os terminais de granéis teriam recebido apenas um terço do que poderiam receber de caminhões naquele momento. O movimento ficou "represado", o que teria gerado um maior fluxo no final da semana passada, de acordo com a assessoria da companhia.
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