Metade do ano já se foi e aqueles que ainda não conseguiram colocar a vida financeira em dia devem aproveitar a entrada do segundo semestre para organizar o orçamento, pois para quem fechou a primeira metade de 2013 no vermelho são maiores as chances de chegar a dezembro e a janeiro sem dinheiro para os gastos extras típicos da época, como IPTU e IPVA. Mas nada que um bom planejamento e mudanças de hábito não sejam capazes de resolver.
“O primeiro passo é parar imediatamente de gastar com supérfluos e colocar todas as contas em uma planilha. Não fazer compras parceladas ou por impulso e passar as férias de julho em casa são outras atitudes que devem ser tomadas”, orienta o economista da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida.
Já que a segunda metade do ano terá menos datas comemorativas e feriados prolongados que a primeira, a dica é aproveitar a folga de despesas com lazer para diminuir parcelas de um financiamento ou quitar contas em atraso.
A eliminação das dívidas deve começar pelas mais caras. Juros do cartão de crédito, por exemplo, passam de 250% ao ano. “De agora em diante, se intensificam as campanhas para regularização de pendências. O momento é uma boa oportunidade para o consumidor renegociar as dívidas, aproveitando descontos e possíveis vantagens oferecidos pelas empresas”, diz.
Não gastar
E engana-se quem pensa que pode gastar todo o seu salário. “Se a renda é de R$ 10 mil, deve-se gastar R$ 8 mil e guardar o resto. Só que no Brasil o comum é torrar os R$ 10 mil mais o limite do cheque especial. Aí a coisa só vai complicando”, adverte o consultor de finanças pessoais Richard Rytenband.
As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas, lembra Richard. Dados de abril do Banco Central (BC) mostram que o nível do endividamento com o Sistema Financeiro Nacional subiu para 44,23%, recorde desde o início da série histórica.
“Antes de consumir como rico, produza como rico. Não adianta ter só porque traz status. Isso é uma armadilha para si mesmo”, dispara o especialista. Comprar algo fora da realidade, portanto, não acarreta felicidade. Mas leva a dívidas e complicações para o bolso.
Reunir pais e filhos e discutir o orçamento, que jamais deve ser extrapolado, também é uma boa alternativa. Combater o desperdício, como ficar menos tempo no chuveiro ou ao telefone e não deixar a luz acesa sem necessidade, é outra forma de cortar gastos.
“A inflação está aí, sorrateira, e o momento da economia é incerto. Portanto, o envolvimento da família é fundamental para acertar as prioridades financeiras”, aconselha a presidente do Movimento das Donas de Casa, Lúcia Pacífico.
Pesquisar continua sendo uma ferramenta essencial, assim como a substituição de um produto por outro se o preço estiver muito salgado.
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