Comércio de Belo Horizonte se prepara para a Copa do Mundo

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
21/05/2014 às 07:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:40
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

O comércio de Belo Horizonte deu a largada para a Copa do Mundo. Para atrair torcedores da Seleção Brasileira, empresários de Belo Horizonte enfeitaram vitrines de verde e amarelo e investiram na abertura de lojas temáticas. Duas estreantes estão na Savassi: a Loja do Hexa, já inaugurada, e a “Na Cara do Gol”, que abre as portas ao público hoje.

O comerciante e estilista Carlos Ferrer, conhecido como Baiano das Camisetas, e o sócio Rubens Batista, o Rubinho da Status, investiram mais de R$ 100 mil na unidade mais nova, localizada em frente à livraria. O local funcionará durante pouco mais de um mês. Quatro empregados foram contratados e, com a proximidade da “família Scolari” entrar em campo, a previsão é dobrar o quadro de funcionários. A aposta é que a corrida ao consumo se intensifique com o aumento da adrenalina.

“Copa é expectativa. Com a chegada das delegações, vai bater o nacionalismo. Tenho certeza de que nos dias que antecedem o início do torneio as pessoas não vão nem conseguir entrar na loja de cheia. A venda antes da estreia é a melhor que tem”, diz Baiano, que desde 1982 abre lojas com o tema verde e amarelo especialmente para o Mundial.

Com a proibição por parte da Fifa de termos como “Copa 2014”, o estilista investiu em uma coleção mística e artística. São Jorge, Iemanjá, Cristo, Aleijadinho e até a Abaporu de Tarsila do Amaral estão estampadas nas camisetas, vendidas entre R$ 39 e R$ 89. Da fábrica instalada no Alípio de Melo, saem 200 blusas por dia. Mas a torcida é para que a produção salte para 500.

Juntos, Baiano e Rubinho compraram 60 manequins para exibir os modelitos em sete lojas na região da Savassi. O torcedor também encontra à venda moletons (R$ 159), bandeiras (a partir de R$ 12,90), apitos (R$ 1) e guitarras (R$ 700), o item mais caro. Na Loja do Hexa, tem isso tudo e mais: saias, óculos, vestidos, baby look, tomara que caia, chapéus. Nas compras, os estrangeiros têm destaque no pódio. “Vou torcer pelo Brasil”, confessa o bailarino chileno Marco Antônio Gomez, enquanto experimentava um chapéu com as cores da seleção canarinho.

Vizinha ao estabelecimento temático, a Collet, de roupas femininas, já esgotou o estoque de echarpes verde e amarela. Arcos, lenços, pulseiras, camisetas, shorts, vestido e blusas passaram a enfeitar a vitrine no início desta semana. “A procura e o interesse estão esquentando”, brinca a gerente Joziane Souza.

Na loja “De 1 a 99 reais”, no quarteirão fechado da Savassi, já não há mais estoque. “Tudo o que temos está na vitrine”, disse a gerente Cristiane Melo.

Na rede Arquibancada, com sete lojas em Belo Horizonte e Contagem, as vendas estão apenas no aquecimento. “Nosso faturamento com artigos do Brasil está em 16% do total. Esperávamos que esse patamar já estivesse em 30%. Vamos ver se o pessoal, que anda desanimado com o país, se empolga na reta final”, afirma o proprietário Ewerton Starling.

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